

Segundo o historiador Raimundo Campos, os clãs do Paleolítico eram matriarcais, uma vez que os homens em atividade de caça, viviam se deslocando, cabendo às mulheres a consolidação da sedentarização e do primeiro registro histórico de um clã e de um governo familiar.
Esta abordagem mítico-religiosa prevaleceu entre as civilizações antigas e nos respectivos mitos. Descobertas arqueológicas revelam a existência de arte rupestre e de estatuetas de culto ao corpo feminino, à fertilidade e com isso à noção de origem da vida e do mundo. As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole.
Acreditava-se que, a partir do sangu

Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" organizou, separou e definiu os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa.
A civilização romana prezava o casamento e a família como uma das instituições centrais da vida social. A religião e o culto aos deuses era o lastro desta instituição, cujo poder "de vida e morte" era exercido exclusivamente pelo pai sobre os filhos, os escravos e (em alguns casos) sobre a mulher. Este poder ou "pater familias" tem origem no patriarcado hebreu que pela primeira vez na história denominou a Deusa Mãe de pai ou Deus e, com isso, centralizou o culto e a religião na figura masculina. Os valores cultivados na família romana levaram à valorização da mulher que a despeito de obedecer o (pater) marido, era vista como um alicerce fundamental e o trabalho doméstico como uma virtude.
As mulheres na Política - Durante a Idade Média, há registros de mulheres que estudaram nas universidades da época, porém em número muito inferior aos homens... Mulheres como Hilda de Whitby, que no século VII fundou sete mosteiros e conventos; a religiosa alemã Rosvita de Gandersheim, autora de dezenas de peças de teatro; Ana Comnena fundou em 1083 uma escola de medicina onde lecionou por vários anos; a rainha Leonor, Duquesa da Aquitânia, exerceu relevante papel político na Inglaterra e fundou instituições religiosas e educadoras. No mundo Islâmico, entre os séculos VIII e IX conhecem a glória: religiosas, eruditas, teólogas, poetisas e juristas, rainhas.
A mulher medieval trabalhou e estudou, fundou conventos e mosteiros, lecionou e também governou. Recebeu uma educação moral e prática, e, na nobreza e burguesia, intelectual, que lhe permitiram desempenhar um papel social de colaboradora do marido, seja na agricultura, no comércio ou na administração de um feudo. Um governo que se estendeu do âmbito privado ao público: quando morria o marido, era ela quem assumia a administração do negócio. Como governantes, Branca de Castilha, Anne de Beaujeu, condessa Mathilde, que reina na Toscana e na Emília durante meio século, institui-se protetora da Santa Sé e combate Henrique IV obrigando-o a ajoelhar-se diante de Gregório VII. Em todos os grandes feudos, num momento ou outro, as mulheres reinaram: entre 1160 e 1261 sete mulheres se sucederam no condado de Boulogne. Ícone medieval, Joana D'Arc, jovem chefe guerreira, conquista oito cidades em três meses e apesar de ferida continua a combater.
A escritora francesa Christine de Pizan, autora do livro "A Cidade das Mulheres" defende na obra que há igualdade por natureza entre os sexos, pode ser considerada uma das primeiras feministas por apresentar um discurso a favor da igualdade entre os sexos, defendendo, por exemplo, uma educação idêntica a meninas e meninos.
Fonte: Wikipedia
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