Parto em casa: Gisele Bundchen traz foco à questão

A recente notícia de que o parto da modelo brasileira Gisele Bundchen foi assistido nos EUA em sua própria residência, dentro da banheira, teve grande repercussão na mídia e despertou muito interesse em diversas mulheres, além de gerar novos debates em muitas categorias profissionais. Absoluta traz alguns números baseados na realidade sobre os riscos ou não do procedimento, veja aí.

O parto em casa representa uma modalidade frequente dentro do modelo obstétrico de diversos outros países, como a Holanda, onde 40% dos partos são assistidos em domicílio, dentro do Sistema de Saúde. Vários outros países europeus, e até os EUA, contam com estatísticas confiáveis pertinentes aos partos atendidos em lares, e é impossível falar em seus riscos sem considerar os resultados dos diversos estudos já publicados sobre o tema.
Em 2005, por exemplo, chamou a atenção a publicação de um interessante estudo analisando os desfechos de partos domiciliares assistidos por parteiras na América do Norte. A análise incluiu 5418 mulheres e sua conclusão final foi que os partos domiciliares assistidos por parteiras têm os mesmos resultados perinatais que os partos hospitalares de baixo risco, com uma frequência bem mais baixa de intervenções médicas. Veja porquê.

:: A taxa de transferência para hospital foi de 12%, com uma taxa de cesariana de 8, 3% em primíparas e 1,6% em multíparas.
:: A frequência de intervenções foi muito baixa, correspondendo a 4,7% de analgesia peridural, 2,1% de episiotomias, 1% de fórceps, 0,6% de vácuo-extrações e uma taxa global de 3,7% de cesarianas.
:: A taxa de mortalidade perinatal (intraparto e neonatal) foi de 1,7 por 1.000, semelhante à observada em partos de baixo risco atendidos em ambiente hospitalar.
:: Não houve mortes maternas.
:: O grau de satisfação foi elevado (97% das mães avaliadas se declararam muito satisfeitas).

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