Índices de violência sexual continuam altos. Que atraso!

Infelizmente, ainda vivemos nesse mundo jurássico onde as mulheres são atacadas sexualmente – e em índices alarmantes... Todo dia é hora de lembramos disto. No Brasil, cerca de 43% das mulheres já sofreram algum tipo de violência física ou sexual, embora haja muitas campanhas de defesa, inclusive com o bem-vindo reforço masculino.
Confira detalhes aí e alguns links com mais conteúdo.

Recentemente, rolou na web notícia sobre uma camisinha feminina com farpas que inibe a ação de estupradores. Parece até coisa de cinema, tipo James Bond. O mecanismo se crava no pênis e só pode ser retirado mediante cirurgia.
Os altíssimos índices de violência sexual na África do Sul inspiraram a criadora, Sonette Ehlers, que trabalha há tempos com vítimas de abuso sexual. Com a Copa do Mundo de 2010, a invenção voltou a ficar em evidência.
Fotos e todos os detalhes você pode conferir no site do produto mas, descontando o pitoresco da situação e um certo radicalismo, precisamos sempre chamar a atenção para a questão da violência sexual contra as mulheres pois a incidência, infelizmente, ainda é impressionante em nível planetário (veja os dados no fim da postagem).
Em Puebla, no México, por exemplo, circulam 35 táxis de cor rosa, dedicados ao público feminino, pilotados exclusivamente por mulheres, 24 horas por dia, tudo em função da prevenção à violência sexual.
Em Portugal, a partir de 1º de Janeiro de 2010, entra em vigor lei que concede indenização estatal às mulheres abusadas. As vítimas de crimes violentos e de violência doméstica que tenham sofrido danos graves têm direito a um adiantamento por parte do Estado da indenização pedida pelo crime sofrido.
Na África do Sul, onde a tal camisinha mordedora surgiu, a situação é tão grave que os abusos sexuais continuam a ser vistos como algo natural, e onde este é o tipo de crime que mais cresce (veja matéria no “Le Monde Diplomatique Brasil” ).

Magnitude e implicações - Em todo o mundo, o combate à violência contra a mulher se constituiu em uma preocupação fundamental dos movimentos sociais, a começar pelo movimento de mulheres em meados da década de 1970. Para marcar a importância do tema e mobilizar ações e a atenção da sociedade, foram criadas algumas datas especiais, relacionadas à violência contra mulheres e meninas (confira de perto). Entre elas, em 1999 as Nações Unidas (ONU) designaram oficialmente 25 de Novembro como “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher”, como forma de alerta e ativismo. Jogue no Google e veja quanto conteúdo encontramos a respeito.
No Brasil, várias entidades trabalham a questão. Verifique, por exemplo, quantas campanhas estão rolando através dos links do “Portal Violência Mulher”, onde se pode também pesquisar sobre conceito, magnitude e implicações dessa violência. Também estão disponíveis dados de pesquisas realizadas por instituições conceituadas e informações sobre trabalhos, estudos e ações que estão sendo desenvolvidos sobre o tema. E há indicações de como fazer denúncias na prática.
Os trabalhos se estendem inclusive às mulheres da área rural.
Merece registro também o reforço masculino, através da “Campanha Brasileira do Laço Branco”, que tem por objetivo sensibilizar e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.
A campanha tem aval de organismos internacionais.

DADOS
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, uma em cada três mulheres em todo o mundo tem sido espancada, assediada sexualmente ou tem sofrido outro tipo de abuso em sua vida (sendo o culpado, geralmente um conhecido). Por exemplo:
- De 10 países incluídos no estudo, mais de 50% das mulheres em Bangladesh, Etiopia, Perú e Tanzania indicaram haver sido vítimas de violência física ou sexual por parte de seus companheiros
- As mulheres entre 15 e 44 anos de idade correm mais risco de morrer ou sofrer invalidez devido à violência doméstica do que em conseqüência de câncer, de acidentes de tráfico e da guerra
- No Brasil, cerca de 43% das mulheres já sofreram algum tipo de violência física ou sexual
- A cada 15 segundos uma mulher sofre violência física
- A Central Nacional de Atendimento à Mulher recebe 20 mil denúncias válidas por mês, sendo 60% de casos de violência doméstica
- Mais da metade da população brasileira conhece alguma mulher que já sofreu algum tipo de violência por parte de seu companheiro

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